
A festa do ano passado em São João dos Montes deixou boas memórias, por isso a festa deste ano está a gerar uma enorme expectativa na família.
- O grupo de jovens “Rumo à Vida” vai voltar a cantar, desta vez com dois sobrinhos a cantar.
- A minha filha decidiu ajudar os primos a servir ao almoço.
- Por acaso, temos familiares longínquos em Lisboa que querem comparar a festa “da cidade” com as festas de aldeia que conhecem.
Chego depois das três. Encontro o palco montado debaixo de uma grande tenda, ao nível do chão. Estão lá os instrumentos, mas não os músicos. Num canto do largo, encontro algumas das fotografais que tirei no ano passado, impressas e expostas num grande placard azul.
Ao lado da igreja, a minha filha e o meu sobrinho estão a limpar as mesas dos almoços. A minha filha gostou de se sentir útil, está feliz com o trabalho, mas queixa-se dos clientes que tentaram comer várias sobremesas, ou beber mais que a conta. Na cozinha improvisada, seis mulheres terminam as limpezas.
Novos e menos novos divertem-se na quermesse, onde trabalham duas mulheres e três jovens. Fotografo um enorme sorriso numa criança com um alguidar de rifas. Ao lado, um idoso usa as suas roupas formais, com o respectivo chapéu, como se esta fosse a festa mais digna do ano. E talvez seja.
Aproxima-se um homem, apresenta-se como um político local, precisa de esclarecer uma coisa. Eu posso tirar fotografias na festa? Tenho a mesma dúvida que ele, mas aproveito para perguntar pelas minhas fotografias impressas no canto do largo. Pediram autorização a alguém para as imprimir e expor? Sei que não me perguntaram nada. Perante o impasse entre potenciais abusos, o político retira-se.
Antes das quatro, começa a tocar o “Projecto Rumos”. Além do Hugo Moisés Vicente, o presidente da Junta de Freguesia local, tocam sete rapazes e cantam quatro raparigas. Parecem ter entre vinte e trinta anos.
O som é assegurado por dois rapazes, e mais tarde por uma rapariga. O rapaz usa uma prótese auditiva... talvez sejam ossos do ofício.
Às cinco começou a missa, e depois a procissão. O meu sobrinho foi promovido, abre a procissão com a cruz de Cristo. Seguem-se os dois andores, e 17 elementos da Banda da Sociedade Euterpe Alhandrense, mais o maestro.
Desta vez não consegui fotografar as crianças vestidas de anjinhos e pastores durante a procissão... são alvos pequenos, facilmente tapados pelos adultos. Compenso no fim da procissão, fotografando-os sentados enquanto o padre discursa e abençoa a congregação.
Já passa das sete quando o grupo de jovens “Rumo à Vida” começa a cantar. Além do Moisés, fundador do grupo, há três rapazes tocadores, três rapazes cantores, e sete raparigas cantoras. Os meus sobrinhos cantam.
A banda e maioria dos mais velhos prova os petiscos que entretanto começaram a sair da cozinha. Entretanto, o grupo toca para familiares e uns quantos dançarinos, num crescendo de animação. Na quermesse, uma criança ganha uma bicicleta de roda 20” e passeia a sua felicidade por todo o lado, incluindo pelo meio dos dançarinos.
O baile acaba pouco antes das nove.
Fotografia
Voltei a fotografar apenas com a Canon EF 24-105mm f/4 IS USM. Como imprimiram as minhas fotos do ano anterior, tomei isso como uma autorização para fotografar. Tirei 425 fotos, escolhi 149.
Anexo
- Cartaz
- Cartaz das festas de 2013. O concerto da Banda da Sociedade Euterpe Alhandrense não se realizou.