Tenho-me surpreendido nas últimas semanas com a intensidade e a persistência dos protestos dos estudantes contra os novos valores das propinas. Houve pelo menos:
- Greves de participação voluntária.
- Greves compulsivas com faculdades fechadas a cadeado.
- Invasões de senados.
- Um conselho directivo bloqueado com papel higiénico (vide Público, 2003.09.25).
- Promessas de acções de desobediência civil.
Só tenho pena que esta mesma energia não tenha sido usada para lutar, de forma igualmente enérgica, contra a terrível falta de qualidade de muitas cadeiras universitárias.
Se a qualidade do ensino tivesse melhorado, arrastando consigo a eliminação de muitas ineficiências e injustiças, a discussão actual à volta do ensino e das propinas seria completamente diferente.