Riverbend (Iraquiana, 24 anos, em Bagdad) conta uma pequena "anedota":
- O primo dela, engenheiro civil com prática em construir pontes, calculou o custo de reconstruir uma das pontes de Bagdad: $300.000 dólares.
- Uma semana depois, o contrato de reconstrução foi atribuído a uma empresa americana pela módica quantia de $50.000.000 dólares, ou seja, 166 vezes mais!
Não admira, portanto, que o PÚBLICO afirme que "No Iraque, peritos independentes estimam que um terço do custo mensal de 3,9 mil milhões é lucro de empresas contratadas."
No mesmo artigo, o PÚBLICO informa que "Para além da necessidade concreta de partilhar o esforço militar, os EUA querem também dividir o compromisso económico da estabilização e reconstrução do Iraque, estimado em dezenas de milhares milhões de dólares."
Ou seja, os EUA pretendem dividir o custo de reconstruir o Iraque, mas apenas 0,6% do custo é efectivamente útil: o resto é subsídio desnecessário às empresas americanas.
Dito de outra forma: do dinheiro que a União Europeia ou Portugal envie para a reconstrução do Iraque, 99,4% é desperdício que beneficiará os EUA. É o Grande Roubo Americano!
Citando ainda o mesmo artigo, o senador democrata Joseph Biden afirmou na Quarta-feira que "Temos 95 por cento das mortes, 95 por cento das tropas e 95 por cento dos custos."
Considerando que 99,4% dos custos de reconstrução são desnecessários, parece-me que a Comunidade Internacional já contribui o suficiente. Os EUA que subsidiem as suas próprias empresas! Mas escusavam de atacar o Iraque para isso...