Torneio de Flames of War na Academia Militar

A convite do meu colega Rui Oliveira, fui ver e fotografar o 7º torneio de miniaturas de guerra "Flames of War" da Academia Militar, que ele próprio descreveu como "Rui Oliveira e malucos semelhantes a empurrar soldadinhos de chumbo". Mas é bastante mais que isso.

Primeiro, os exércitos são comprados em "bruto" pelos jogadores, que depois têm que os pintar minuciosamente e montar numa base à vontade de cada um. O meu colega demorou cerca de seis meses a pintar e montar o seu exército.

Segundo, os exércitos do jogo tentam reflectir ao máximo uma unidade que efectivamente combateu durante a II guerra mundial, quer em composição (infantaria, tanques, etc) quer em aspecto (pintura). As regras do jogo (ver exemplo em Inglês da 3ª brigada grega de montanha) descrevem o valor das peças mas não o seu aspecto visual. Assim, cada jogador tem que fazer um trabalho de investigação histórica para descobrir o aspecto do seu exército e, depois, tentar reproduzi-lo. É necessário descobrir ou improvisar técnicas para que um tanque pareça velho e riscado, ou coberto de neve, ou camuflado com vegetação. O mesmo trabalho estende-se às bases e às mesas, onde se tentam simular condições reais do terreno, quer seja deserto, montanha ou cidade.

Finalmente, há o torneio propriamente dito, com três componentes:

  • O combate propriamente dito, em que os jogadores se enfrentam em rondas sucessivas. Na Academia Militar havia 40 jogadores e cinco batalhas, ou seja, cada jogador combateu contra outros cinco, num total de 100 batalhas.
  • A pintura dos exércitos, obrigatória embora este ano alguns jogadores espanhóis tenham esquecido esse facto.
  • Um texto de enquadramento histórico que descreve as condicionantes históricas e as principais batalhas em que o exército participou. Segundo o Rui Oliveira, "há quem escreva meia-dúzia de páginas, há quem faça mapas, traduções e por ai fora. Normalmente o que gera é que grande parte dos jogadores absorve a história por trás daquela lista, daquele exército. E falam disso."

Para mais informações, veja o forum de jogadores usado pelo Rui Oliveira, nomeadamente:

Em termos de fotografia, as fotos de mesa+jogadores são simples e dão uma boa visão de conjunto. Mas nas fotografias de detalhes fui absolutamente surpreendido pela profundidade de campo. Falta-me aprender a usar melhor o flash, pois quando fechava a abertura o flash não compensava com mais luz.

A solução final foi cortar partes de fotografias maiores para mostrar o detalhe, que resultou numa retórica interessante de "mesa, depois detalhe" que me parece uma boa forma de mostrar este jogo.

Anexo

Armia Krajowa: O exército polaco na revolta de 1944 em Varsóvia
Enquadramento histórico da participação de Rui Oliveira no torneio. PDF, 9 páginas.

“Queriamos ser livres, e não dever essa liberdade a nada nem ninguém”.
— Jan Stanislaw Jankowski, Delegado do governo polaco no exilio.

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