Aproveitando a viagem à terra da Aline, fotografei o rio Dão, acompanhado pelo Ramiro e pelo Rafael. O local fotografado fica a sul de Penalva do Castelo, ao longo da estrada camarária 1428.

Estamos no Inverno e tem chovido, por isso o rio tem muito mais água que o habitual no Verão. Em cada açude, a água alterna entre a acalmia a montante e a violência a jusante. Como a Câmara andou a cortar as árvores e as silvas, o rio vê-se muito melhor, e as margens estão muito mais acessíveis.

Fotografei em dois açudes diferentes, entre as 16h30 e as 18h00, sendo o pôr-do-sol às 17h30, quase sempre com a zoom 24–105mm.

• No primeiro açude, mais pequeno, obtive uma única fotografia interessante com um filtro ND3.
• No segundo açude, o desnível e a violência das águas era maior, permitindo vários ângulos interessantes.
• Já depois do pôr-do-sol, a calma da lagoa antes do açude deu fotos com interessantes reflexos simétricos. Mas só em casa é que vi que teria provavelmente tido ainda melhores resultados se tivesse usado a objectiva 50mm f/1.4.

Voltei no dia seguinte ao rio Dão, entre as 12h00 e as 13h00, com céu nublado e depois com chuva.

Os restos de troncos espalhados pela margem mostram que esta foi uma das zonas onde as árvores foram desbastadas. Mais adiante, está um tronco encalhado entre duas árvores, a cerca de metro e meio da água, mostrando o nível a que a água subiu.

A margem direita está danificada, com grandes blocos de granito fora do sítio, com zonas de terra arrastadas pelo rio, com manchas de areia depositadas no terreno.

Fico a pensar até que ponto é que foi mesmo boa ideia cortar as silvas e parte das árvores que protegiam as margens do rio, mesmo que também atrasassem a circulação da água.

Estava em cima da ponte romana quando começou a chover com maior frequência, fazendo-me usar a toalha portátil e o saco de plástico que tinha preparado para os Açores (onde não foram precisos). Voltei a ser surpreendido pelo efeito do filtro ND3, que tornou as águas agitadas pela chuva num espelho de prata. O filtro acentua o vermelho das folhas nas margens, mas o efeito final ainda é agradável.