Fomos ter com uns amigos que têm casa na albufeira de Castelo de Bode, a 130Km de Lisboa. Quando chegámos, estavam na piscina do hotel Segredos de Vale Manso, com vista para a barragem.
Almoçámos numa varanda com vista para a barragem. “Olha para esta vista! É mesmo boa para fotografar!” A vista era de facto ampla, mas as árvores próximas limitavam as fotografias possíveis, e a poeira no ar limitava a qualidade, tornando a outra ponta da barragem indistinta.
Tinha trazido material para tirar retratos. Mas tinha também trazido a objectiva “todo-o-terreno” 24-105mm que, com boa luz, serve quer para retratos quer para paisagem. Depois de tirar as duas ou três fotografias óbvias à albufeira, esperei que a luz melhorasse.
Perto do pôr-do-sol, as encostas da margem direita do Zêzere ficaram na sombra, criando um enorme contraste com o céu. Como não tinha levado filtros graduados, as fotografias do pôr-do-sol ficaram pouco interessantes.
Às 20h30 já tinha arrumado a máquina, e preparava-me para partir. Mas a logística envolvida atrasava-nos. Sobre a barragem, as luzes nocturnas começavam a ser visíveis. Resolvi tirar uma última fotografia com o tripé de bolso. Duas ou três exposições depois, foi mesmo altura de partir.
E essa última fotografia foi mesmo a melhor, a única que capturou a sensação de paz e tranquilidade que senti durante toda a tarde.